sexta-feira, 30 de maio de 2008

Uma questão de equilíbrio

Acordes suaves de uma melodia
composições reconfortantes de um livro,
posso saltar nota a nota rumo à cultura.

Sentimentos que jorram numa torrente de emoções
o deserto de uma cultura barcelense, uma luz na escuridão.

Um pedaço de um trailer uma cena no vendaval.
A minha cultura solta nas mãos de um qualquer
uma tela pendurada no vazio,
uma exposição, um último pedido de atenção.

Uma letra solta veio mergulhar no nada,
canções entrelaçam-se ao vento.
Olhei uma pintura amontoada,
orvalhava cenas de um filme.

As palavras são simples essência da vida
canções de amargura,
telas pintadas que se infiltram na pele
algo que vem e que vai,
mas a cultura fica.

Surgiste como um suspiro de leve
e sem palavras te impuseste
aproximaste-te do meu concelho
e a sorrir apertei o galo junto ao peito

a tremeluzir uma réstia de cultura...

Catarina R. Cachada

O Poleiro Aconselha

Esta semana os galos aconselham:

Cinema:
A Corda(1948), Alfred Hitchcock
As Canções de Amor(2008), Christophe Honoré

Literatura:
A Conspiração(2001), Dan Brown

Música:
Ludwig Van Beethoven
Sonata No.32 Op.111 (1º and.)
Sviatoslav Richter
http://br.youtube.com/watch?v=CBFphuxUlQA

Concerto:"Sons da Vida" Esc. Sec. /3 Barcelinhos - 6 de Junho

Arte:
"Multiplicidades" Exposição de Pintura de Maria Tereza Cortez
24 de Maio a 22 de Junho de 2008 - Biblioteca Municipal de Barcelos

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quinta-feira, 29 de maio de 2008

Ermo Teatral

Um simples conceito de dicionário:

Teatro, s.m. casa onde se representam comédias, etc.; arte de representar; literatura gramática.

(Dicionário de Língua Portuguesa – Porto Editora, edição 2005)

Depois do espanto veio um pouco de compreensão. Afinal, o que é o teatro?

Visto não ser preciso muito tempo nem muitas reflexões para elaborar uma “tese” fantástica que refute a ideia original, não me alongarei muito. O barroco está morto e enterrado, assim como Agripa, esse morador do século XVIII, trovador de cantigas de escárnio e maldizer, não aceite pela contemporaneidade saramagueana.

Como dizia, este conceito de teatro provocou-me. O que significa, afinal, um etc.? Não será um pouco incompreensível definir um teatro como uma comédia e mais alguns “tipos”? Mesmo os ilustres gregos da Antiguidade já conheciam pelo menos outro tipo de teatro para além da comédia!

É sempre bom chegar a uma familiar biblioteca e depararmo-nos com boas revistas, livros e jornais, mas também, se possível, um lote de boas exposições, anúncios de concursos…afinal uma biblioteca é, necessariamente, um local de aconchego onde fomentamos o nosso saber e imaginação!

Portanto, é com agrado que constato que os coordenadores das duas bibliotecas que mais frequento têm o bom senso de organizar nestes espaços algumas exposições com valor. Primeiro, no início deste ano de 2008, encontrei a exposição “O que é o Teatro?” no hall de entrada da Biblioteca Municipal de Barcelos. Posteriormente, dei de caras com essa mesma exposição na biblioteca da Escola Secundária de Barcelinhos.

Não foram muitas as peças de teatro a que assisti, mas conhecendo um pouco da história do teatro, e tendo visitado a exposição acima referida, consigo organizar ideias suficientes para não concordar plenamente com a definição de teatro, tanto o edifício como a arte em si, como uma “literatura dramática”, uma “arte de representar” ou uma “casa onde se faz rir” (já ouviram falar de teatro de rua?), etc.. Luís de Sttau Monteiro teria para nos dar, certamente, uma proveitosa lição, mais ou menos actual do que se trata, afinal, o Teatro. Uma liçãozinha de Gil Vicente poderia ser, até, muito mais contemporânea do que a própria contemporaneidade.

Convido, então, cada um de vocês a visitar a exposição “O que é o Teatro?” e construir a sua própria tese sobre o que aqui escrevo. Informo também os interessados, que este mês HÁ TEATRO em Barcelos. Para uma maior pormenorização basta consultar os recentes conselhos d´O POLEIRO ou a Agenda Cultural de Barcelos de Maio/Junho de 2008. Talvez daqui a uns tempos os barcelenses possam também falar sobre o que é teatro (edifício).

Quanto à infeliz definição de Teatro, já agora, como será que se diz, ou define, TEATRO em brasileiro? Tenho uma suave impressão de que o saberemos brevemente, nobre português…

Jorge Marques

terça-feira, 20 de maio de 2008

Onde a cidade começa e a Linha acaba

“Então, ficamos?”, questiona. Não sei, não sei. Um primeiro olhar e reparo que talvez valha a pena ficar.
Um risco oblíquo aqui, outro risco colorido acolá, deixando-nos pensando onde começa e onde acaba este risco, ou será que é um caminho que nos faz querer seguir…Não é apenas um pintor, mas de certeza um retratista que valoriza Leninegrado e outras cidades que desconheço.
Não sei o que pensar ou o que sentir, olho e não vejo, se vejo não sinto.
É óbvio que é tinta sobre tela, mas não sei se é aquilo a que chamo pintura sobre uma tela que será visível perante uma multidão.
Continuo sem sentir, talvez seja defeito meu, ou será que é feitio?
Não interessa o meu existir, pois todos estão concentrados tentando perceber o que aquela tela significa.
Saio fora da Galeria Municipal de Arte…de Barcelos e reparo que a cidade afinal existe. Nos meus sonhos. Ups! Olho em volta e a cidade é um stress tipicamente citadino, pessoas passam de um lado para outro falando ao telemóvel. Com a família? Nah! Família, essa palavra existe. Mas qual o seu significado? Agora são apenas duas ou três pessoas que se juntam à mesa a jantar e olham para a televisão em busca de viver uma vida que não a sua.
Há duas ruas ali ao lado que possuem um cheiro imperceptível. Vão de encontro à Câmara Municipal. Uma não foi esquecida, anda em obras. Devem pensar que alguém passará por lá. Outra, essa, esquecida foi; pelas obras poderá um dia ser lembrada.
“Nada que me impressione”, responde-me, em tom cansado, uma velha da sua varanda.


Catarina Cachada

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Os Galos Aconselham

Esta semana os Galos aconselham:

Cinema:
De Tanto Bater o Meu Coração Parou(2005), Jacques Audiard


Literatura:
Exposição das ilustrações dos livros infantis de Elsa Lé
Biblioteca Municipal

Música:
Concerto "Quadrilha"- música popular
Forúm S. Bento Menni
dia 23 Maio, 22h

Onde a Cidade acaba e a Linha começa

Há uma rua ali em frente que tresanda profundamente. Alguém se esqueceu de a frequentar nos últimos… 40 anos! “Nada que me impressione”, responde-me, em tom ríspido, Benjamim.
Encontram-se em Barcelos diversos pedaços de um futuro estilhaçado pelas curvas, linhas e contracurvas que Nadir Afonso resolveu deixar a gerações vindouras, com ou sem tiques de Egocentrismo desnaturado.
A cidade não existe, é o demónio que beijo nos meus sonhos. Nadir tratou de alinhar e centrar num espaço branco alguma daquela substância que está perdida por entre frinchas industriais ou simples bilhetes comprados numa pacata gasolineira.
“E tu?” é algo que não se pergunta. Não se deve perguntar. Espera-se não ser preciso perguntar! Entretanto, chega O Apocalipse: devaneios citadinos com traçados de ruralidade promíscua, profundo desligar de relações minimamente informais. Que fazer? “Oh Bernardes, deixa esse quadro, passemos ao próximo”.
“Isto é uma ponte”. Sim, é óbvio que isso é uma ponte. “Aquilo é um prédio!”. Sim, também é óbvio que aquilo é um prédio. Mas… repara naquela gaivota por cima do prédio, o jardim por baixo da ponte e o fósforo pousado no parapeito daquela janela, olha!
Sente-se o cheiro do sol que espreita pelas janelas da Galeria Municipal de Arte, aconchegando-se na criação que convida ao júbilo do recorte, a tesoura ou x-acto, não das próprias telas, mas dos efervescentes “percebedores” de tudo ou de coisa nenhuma. Leninegrado e outras “Fluorescences” cidades posaram para que Nadir Afonso as retratasse, “As Amantes de Lúcifer” lutaram entre si para decidir qual seria a primeira a ser pintada, porque não olhar uma segunda vez?
Um risco na vertical ali, outro risco na horizontal aqui, o livre-arbítrio começa a ser deixado para trás e é o próprio quadro que nos ensina “o que ver a seguir”. É matemático, doa por onde doer, pinte por onde pintar. Convido a que algumas perspectivas de Nadir Afonso, no que diz respeito à criação de uma obra de arte, sejam analisadas. Este flaviense mostra que não é apenas um pintor. È um pintor que reflecte sobre aquilo que faz, como o faz e porque o faz, algo que se revela perspicazmente saudável, em tempos em que um vulgar cozinheiro se pode tornar num baterista reconhecido em todo o mundo.
“Então, vamos?”, questiona. Já vou, já vou. Um último olhar e reparo que Nadir “ morará em Barcelos até ao próximo dia 29 de Junho. Bom proveito, pois a mim uma antiga e familiar cidade me espera lá Fora.



Jorge Marques

quinta-feira, 15 de maio de 2008

O Poleiro Aconselha

Esta semana os Galos aconselham:

Cinema:
A Doce Vida, Federico Fellini (1960)
No Direction Home(2004), Martin Scorsese


Literatura:
P.S. Amo-te, Cecelia Ahern (2004)

Teatro:
"A lenda do Galo de Barcelos" pelo Teatro de Marionetas
Museu de Olaria, 13 Dom.
10h; 11h; 14.30h; 15.30h; 16.30h

Arte:

"Exposição de Pintura de Nadir Afonso"
Galeria Municipal de Arte - de 1 de Maio a 29 de Junho

Música:
Sounds Like Trouble (2008)
The Vicious Five

Coda

Enquanto Antoine Doinel ouvia Bach, e Simone de Beauvoir traía Sartre, eu acordava com uma dor de garganta. Vem a dança do amor mascarada de ponteiro do musical flagelo da morte, ocultada de valor intrínseco da verdade. Não interessa de qualquer forma: o poema nunca é o que o poeta quer que seja.
Sorriam para a fotografia porque a câmara é cybershot. E depois limpem as lentilhas porque na rua diz: Revolução. Passem por Coimbra e talvez encontrem o fantasma da manifestação estudantil. Enquanto isso provem os pastelinhos de Belém, e se a empregada de balcão vos queimar a canela, digam-lhe: “Adeus minha musa. Era de ti que fugiam os marinheiros. Os mesmos a quem tantas pragas o velho do Restelo rogou. E sobre quem Camões, enganadinho, coitadinho, tantas vezes escrever ousou”.
Mas deixem-se lá disso pois a festa aí está. Há sempre a estação de serviço e a paixão desolada. Tristes daqueles, solitários em sentimento, que encontram a solitude da inteligência. Após o que não há possível retorno: depois da tempestade vem o dilúvio. Noé construiu a arca, mas Kant pensou, e tudo acabou. Comeram muitas bolachas, porém ainda não descobriram que o “e” pode ser antecedido da vírgula. Desvantagem minha o estar a descobrir. Caso conseguisse, esquecer-me-ia do “e” depois da vírgula. Talvez não valha o esforço: a perestroika anda por aí... Lembro-me do que não era o ser e do que o existir não deve ser. Há uma volta que volta, ali e aqui, perto e distante. Assim sendo, o rio é venturoso e o mar é pavoroso.
Rimo, em fel e suor, tal como num espectáculo deplorável e assustador. Intragável. A felicidade desprovida de cérebro é deprimente, autoritária, sick. Por isso parem lá de aparecer online porque há já muito tempo que eu estou em another line.
Em suma: sejam felizes, e derrubem Barcelos: para quê conhecer a doença quando não há remédio? Levantem-se e batam palmas, porque o teatro ainda agora começou! Eh la oh!


Isabel Arantes

Gigue

III
Queria ir ao concerto. Queria que o tema deste texto fosse real, existisse. Mas que interessa? Nuns dias esqueço tudo. O cérebro humano é fascinante: permite esquecer o que não é importante. Vamos fingir:
Acordei às 7h. Era o segundo dia da viagem, suas razões já expliquei, e não me apetece dizer tudo de novo. Anyway, pus os pés a caminho e fui por esse mundo fora. Caminhei até me esquecer de como conjugar o verbo “andar”. Continuei e não parei. Fazia calor, e eu nada tinha, excepto a típica mochila às costas. Andei mais um pouco, cansei-me e andei mais um pouco.
Vi um mundo que não tinha visto até então. Vi casas em cima de nuvens, vi flores a crescer em pedra, vi uma cadeia de lojas a fechar, vi um buraco negro. Depois apareceu uma mulher idosa, com ar de vidente (sim, sim, aquelas com verrugas, mãos magras e finas, cabelo grisalho e voz rouca) que me disse que meu lugar não era ali. Eu fugi por entre sombras e nunca mais a vi.
Ao passar pela rua 33 do sítio X vi um homem a morrer de angústia: a sua vida tinha sido levada por uma cabra. Claro que logo de seguida a Maggie (como lhe chamavam) veio aos gritos dizer que a cabra não tinha como levar a vida de ninguém, porque a vida é impossível de esconder no bolso.
Continuei a caminhada. Perdi o meu ipod. Ai é verdade, eu não tenho ipod. Enfim, perdi o meu gira-discos ambulante. Estava a ouvir o Mr. Tambourine. Ele dizia-me que estava pronto para ir para qualquer sítio. Tudo o que eu pensava era em saber o que fazer. Ouvia agora Desolation Row. Mas estava, na realidade, a pensar na bomba atómica.
Andei e andei. Sinais de cansaço apareciam agora. Não quis mais continuar uma luta que não era a minha. Não mais consegui ler. Percebi finalmente que não tenho que pertencer a ninguém. Nem sequer a mim própria...
Logo a seguir entrei na toca do lobo. Mas que diabo: estava tudo pedrado. Não consegui falar com ninguém. Havia lá um miúdo muito jovem. Simplesmente lhe chamavam “Citizen K”. Despido de jovialidade. Tentei animá-lo e fazê-lo voltar a si, mas estava com demasiadas toxinas e elementos estranhos no sangue. Até que veio a mãe dele e me perguntou porque tinha drogado o seu filho. Eu disse-lhe que nunca o tinha visto antes, que apenas o tentara reanimar. Como é imaginável, a senhora não acreditou em mim. Estava furiosa. Partiu os meus discos e disse que Bob Dylan era música de Satanás. Desta feita quem ficou furiosa fui eu: chamei dois arruaceiros dos Hell’s Angels, acabadinhos de sair da “prisa”, ainda fumegavam e tudo, para lhe darem uma lição. Quando dei por mim já lá estava aquela miúda do telemóvel que, após ter batido na Prof. de inglês (porque nunca mais nenhum professor de francês se aproximou dela...) e assistido ao milésimo nono episódio daquela série, cujo nome não é digno de ser pronunciado neste local, resolveu juntar-se à festa.
Tudo o que eu agora queria era dormir. Ideais como liberdade, igualdade, (fraternidade), justiça social, viagem intelectual, não me passavam mais pela cabeça. Tudo o que eu queria era dormir. Dormir e não acordar neste século. Dormir. Simplesmente dormir. Deitar-me e adormecer. Depois disso restava o sono. Aquela coisa que se dorme.
Voltava então para casa quando começaram a chover Manifestos. Porcaria de mundo capitalista que vive obcecado com economias planificadas! Comentei com alguém o sucedido. Como resposta ouvi: “De que estás a falar?”. Mais uma vez me lembrei do que dizia Travis Bickle: “Loneliness has followed me my whole life. Everywhere. In bars, in cars, sidewalks, stores, everywhere. There's no escape. I'm God's lonely man...”
Mas que hei-de fazer agora? A liberdade foi embora e já não conheço mais a constituição do corpo humano. Ficarei no oceano até começar a afundar? Entretanto alguém voltou a atacar a minha imaginação. Let’s get stone...
Resta-me o sono eterno que anseio. Assim sendo, despeço-me de ti, Zimmerman dos pobres, como um cão se despede de seu dono antes de ser atropelado: com todo o respeito e gratidão.
Cansaço.

“You lose yourself, you reappear
You suddenly find you got nothing to fear
Alone you stand with nobody near
[…]
And if my thought-dreams could be seen
They'd probably put my head in a guillotine
But it's alright, Ma, its life, and life only.”

Bob Dylan, in Its Alright Ma (I’m only bleeding)


Zita Esquerda de Sá




(By the way se terminarem de ler estas 3 partes e continuarem a pensar que sou de esquerda radical aconselho-vos a irem à lojinha de conveniência aí do sítio e comprarem uma foice e um martelo.)

Passado do passado após o passado!


Passado do passado após o passado.

É muito fácil de concretizar: caminham até a Galeria de Arte, até o dia 27 de Abril, simpaticamente, esboçam um sorriso para a Senhora que costuma encontrar-se à entrada e voilá: B.D. do 25 de Abril e período “Quente” de 75 à vossa frente, gritando: “Analisa-me!”.
Esta mostra é um conjunto de trabalhos da época. Onde se encontram desde as mais reconhecidas imagens do pós 25 de Abril, até uma série de obras menos acessíveis ao grande público.
Para aqueles, mais jovens, e únicos a quem me atrevo tentar incentivar, esta é uma forma facilmente exequível de (re)visitar um panorama social e político que não o seu. Especialmente para aqueles que se sentem atraídos por ideologias mais à esquerda, ou pela história política portuguesa no geral, encontram nesta exposição uma perfeita base, nostálgica e interactiva, de adquirir mais conhecimentos.
De referir é a representação do lendário debate entre, os não menos lendários, Álvaro Cunhal e Mário Soares: “Olhe que não. Olhe que não”. De resto, está lá tudo: desde a madrugada de 24 para 25 de Abril, até as nacionalizações em massa, passando pela formação dos partidos políticos que hoje conhecemos.
Sugiro, humildemente, uma visita a este espaço, incentivo, não menos humildemente, a o fazerem ao som de Zeca Afonso.
Os primeiros anos da Democracia portuguesa são, sem duvida, páginas de orgulho nas, imensas, paginas da História de Portugal. E cabe a nós, jovens, não deixar desvanecer um passado que teima fugir.



“Cantai, cantai que o ódio já não cansa
Com palavras de amor e de bonança
Dançai ó parcas vossa negra festa
Sobre a planície em redor que o ar empesta
Cantai ó corvos pela noite fora
Neste areal onde não nasce a aurora”

José Afonso


(Poderia ter sido...)
Mas não fiquem esperançosos: o 25 de Abril há muito que morreu!


Isabel Arantes

quinta-feira, 8 de maio de 2008

O Poleiro Aconselha

Esta semana os galos aconselham:

Cinema:
Minha Mãe(2004), Christophe Honoré

Literatura:
Os Retornados, Júlio Magalhães (2008)

Teatro:
"Os Corcundas" com Breno e Claudia Moroni
Sab. 17 Maio 22.30h

Arte:
"Rosa Côta: Um vulto da Arte Popular"
a partir de dia 12 Maio

Música:
Concerto- Pé Na Terra
09 de Maio 22h
http://www.myspace.com/penaterra